FRUTOS DE UMA VIDA

FRUTOS DE UMA VIDA

Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome.João 15:16

Queridos! Certa vez, tive que me deslocar para um sítio, no interior do Paraná. Os amigos já haviam ido de carro no dia anterior, e fiquei de ir de ônibus para encontra-los. Desci no ponto mais próximo da entrada da estrada que levava ao sítio, quando percebi que meu celular tinha acabado a bateria. Sem poder me comunicar, para pedir que alguém buscasse, resolvi ir a pé até o sítio, numa distância aproximada, de cinco quilômetros, em pleno início de verão, por volta das onze horas da manhã.  Iniciei então a caminhada, numa estrada de barro, sem casas a vista, um calor sufocante e com muita sede. Depois de percorrer boa parte do caminho, vi na beira da estrada uma laranjeira, carregada de frutos maduros. Colhi um e pude saciar a sede com suculentas e doces laranjas. Não me lembro de ter comido uma fruta com tanta vontade como a daquele dia. Como foi marcante encontrar aquela laranjeira carregada de frutos!

 

Jesus nos ensina que devemos dar frutos com uma qualidade específica. Nós somos os ramos e ele a videira. Em João 15.16, ele nos fala do processo natural de frutificar, “eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça”.

Só produziremos estes frutos se estivermos ligados à videira, pois, por nós mesmos, não temos poder de fazê-los nascer e crescer. Apóstolo Paulo usa a expressão: “fruto do Espírito” para expressar a qualidade. O pré-requisito básico para obtê-lo é estar cheio do Espírito Santo, como registrado em Gálatas 5:22 e 23, que diz: ““Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra tais coisas não existe lei”.

 

William Hendriksen, teólogo e escritor renomado reformado, propõe uma divisão em três grupos, perfazendo três frutos e cada grupo. O primeiro grupo estaria referindo-se às qualidades espirituais mais básicas: amor, alegria e paz. O segundo grupo indicaria aquelas virtudes que se manifestam nas relações sociais. Pressupomos que considera os crentes em seus diversos contatos uns com os outros e com aqueles que não pertencem à comunidade cristã: longanimidade, benignidade e bondade. No último grupo, à relação que cada crente tem consigo mesmo, ou seja, com seus próprios desejos e paixões: fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Que o Espírito Santo inunde sua vida, para que seja como aquela laranjeira, que encontrei em minha caminhada, carregada de fruto, não de laranjas, mas de: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Amém!

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