DESERTO! UMA ROTA PRESENTE EM NOSSAS VIDAS

Como são felizes os que em ti encontram sua força, e os que são peregrinos de coração! Ao passarem pelo vale de Baca, fazem dele um lugar de fontes; as chuvas de outono também o enchem de cisternas.” Salmos 84.5 e 6.

Algumas pessoas sofrem da “síndrome dos amigos de Jó”. Elas julgam o sofrimento alheio como sendo algo causado por um pecado específico cometido contra Deus, que por consequência são alvos da sua ira. Esta distorção teológica causa alguns distúrbios espirituais.


O primeiro é achar que o que está reservado à caminhada cristã são só sucessos e conquistas. Este pensamento triunfalista, além de ser predominante, é o mais desejado. Há uma expressão comumente usada: “somos filhos do rei, e como filhos do rei, somos príncipes”.  Passa-se uma ideia de que todas as coisas estão acessíveis ao querer. Esta perspectiva teológica é antropocêntrica, que ensina que homem é o centro de todas as coisas, onde todas as coisas convergem para seu bem estar e felicidade. A Bíblia nos ensina sobre uma teologia cristocêntrica, onde todas as coisas, sem nenhuma exceção, devem convergir para a glória de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Foi o que Jesus nos ensinou com sua própria vida, “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres"., “Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mateus 26:39, 6:10). 


A primeira afirmação que o texto nos traz é que o deserto faz parte da nossa rota, “pelo vale da Baca” um vale árido. É uma realidade para todos, quer sejam: homens ou mulheres, ricos ou pobres… O deserto é lugar de escassez, fome, sede, de calor, de frio, de solidão. Não representa tempo de alegria, de festa, de comemoração, e sim tempo de dor e choro.


A segunda afirmação que este texto nos traz é que Deus transforma o deserto num manancial, “faz dele um lugar de fontes”. Manancial significa: ponto onde nasce um curso de água, isso quer dizer que, mesmo que se atravesse o deserto, Deus tem poder de fazer nascer água fresca, direto da fonte, para saciar a sede. Foi no deserto que o povo de Israel foi suprido com amor por Deus com esta água e com o maná que caiu do céu.


A terceira afirmação é que o deserto não é lugar de morada e sim de passagem, “ao passarem pelo vale da Baca”. É um processo dinâmico e não estático. Nesta caminhada algumas coisas são essenciais, como por exemplo: Saber o caminho. Nos desertos em que atravessamos não existe uma estrada pavimentada que aponta a direção que devemos tomar. É um lugar de muitas dunas de areia, que além de serem semelhantes, elas alteram constantemente devido o vento. Precisamos muito mais do que um GPS, precisamos de guia que nos conduz no caminho, “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.” (Salmos 119:105).

 

O deserto é o lugar onde necessitamos de socorro e abrigo para proteção contra a tempestade de areia, do sol do meio dia e do frio da noite, “Misericórdia, ó Deus; misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia. Eu me refugiarei à sombra das tuas asas, até que passe o perigo.” Salmos 57:1.

Queridos, o deserto faz parte da nossa rota, por isso busque a Deus, pois só Ele pode transformar o deserto num manancial, onde encontramos: socorro, segurança, água fresca e alimento. Que assim seja sempre com você!!!

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